A alienação parental é um mecanismo extremamente cruel. Mas, você sabia que o regime de guarda compartilhada pode atuar na prevenção dessa ação tão devastadora?
É fato que alguns términos realmente são mais difíceis que outros, porém, isso não justifica o ato de prejudicar a figura de qualquer um dos genitores diante dos filhos.
Concorda?
Pensando nisso, escrevi este artigo.
Aqui você vai descobrir:
- 1. Quais os benefícios do regime de guarda compartilhada?
- 2. Como prevenir a alienação parental na guarda compartilhada?
- 3. Quais os impactos da alienação parental no desenvolvimento da criança e do adolescente em qualquer regime de guarda?
Boa leitura!
Aproveite.
1. Quais os benefícios do regime de guarda compartilhada?
A principal vantagem do regime de guarda compartilhada é justamente a possibilidade de convivência dos filhos com ambos os genitores. Isso evita que a criança cresça afastada da figura paterna ou materna e desenvolva traumas familiares.
Vale ressaltar também que o convívio harmonioso entre os pais dentro desse regime beneficia diretamente a criança que não se torna alvo de um possível processo de alienação parental.
Mas disso falaremos mais adiante!
Por hora, outra grande vantagem da guarda compartilhada é que o menor não precisa escolher com qual genitor ele prefere ficar, mesmo sendo determinado por lei uma residência fixa, o regime presume o envolvimento de ambos os genitores nas responsabilidades afetivas, econômicas e sociais do desenvolvimento dos filhos.
Desse modo, a presença de ambos os pais é sem dúvida, o ponto de maior relevância, pois não se desfaz o vínculo familiar abruptamente com a separação conjugal.
E mais: com este regime também é determinado legalmente que os horários de visita e os períodos de férias sejam mais flexíveis. O que impede ainda que a criança permaneça por um tempo em cada casa e consequentemente exclui a sensação de instabilidade de moradia.
Viu só?
Até aqui os benefícios já são vários, tanto nos aspectos psicológicos quanto nas responsabilidades econômicas.
Mas, não acabou ainda!
A guarda compartilhada também atenua os efeitos da separação e proporciona uma melhor relação entre as partes envolvidas.
Dessa maneira, o bom convívio dos pais favorece a integração familiar, além de ter tudo em dobro, inclusive o carinho e atenção com o menor.
Este é o cenário ideal da guarda compartilhada!
Mas, a gente entende que muitas vezes não é o que acontece. Pois, infelizmente muitos genitores ainda acabam se aproveitando dessa flexibilidade e integração da guarda compartilhada para promover a alienação parental.
Vem comigo para entender como prevenir essa situação!
Vamos lá?
2. O que define e como prevenir a alienação parental na guarda compartilhada?
Quando o divórcio acontece não se discute apenas a divisão dos bens materiais, mas também, inicia o processo de determinação de guarda dos menores.
Desse modo, quando se lida com laços afetivos de uma criança, o mais importante é definir consensualmente, de maneira saudável, uma forma de não proibir o convívio de nenhum dos pais com o menor.
A guarda compartilhada surge justamente com esse objetivo de garantir o interesse do menor e não privar nenhuma das partes do que diz respeito à educação e desenvolvimento físico e emocional dos seus filhos.
O artigo 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que a guarda compartilhada deve ser vista como “a obrigação à prestação material, moral e educacional à criança ou adolescente”, para que eles possam crescer de forma saudável.
Contudo, em alguns casos, o que acontece são processos silenciosos de alienação parental dentro desse regime, infelizmente.
A alienação parental é uma forma de um dos genitores, ou até mesmo de parentes próximos, de manchar a imagem do outro diante dos filhos. O intuito desse processo é destruir os vínculos afetivos da criança com um dos pais.
Péssimo, não é mesmo?
Desse modo, qualquer interferência na formação emocional e psicológica do menor que seja induzida por um dos pais, ou outro familiar sob a sua autoridade ou vigilância, pode ser considerada como alienação parental.
Quer um exemplo desse tipo de alienação? Tenho vários:
- Dificultar o exercício da autoridade parental
- Dificultar o contato da criança com um dos pais
- Proibir o convívio familiar com um dos genitores
- Esconder informações sobre um dos pais que seja relevante para a criança
- Apresentar falsa denúncia contra o genitor ou difamá-lo diante do menor
- Mudar o domicílio para local distante, sem motivos, somente com o intuito de dificultar a convivência da criança ou do adolescente com a outra parte envolvida
Viu só? São inúmeros os cenários e as possibilidades de fomentar uma quebra de vínculo familiar dentro de casa por meio da alienação parental.
Mas, não se engane! Existem medidas legais a serem tomadas em todos eles. De acordo com a lei que protege os interesses da criança e do adolescente é possível até estabelecer multa ao alienador e determinar a alteração da guarda definitivamente diante disso.
E como prevenir que isso aconteça dentro da guarda compartilhada?
Dentro desse regime, a maior cooperação, diálogo e troca de expectativas sadias entre os pais reduz significativamente os conflitos, o que beneficia diretamente o menor.
A separação conjugal não resulta na perda dos deveres parentais, tendo em vista que os direitos e deveres relativos ao poder familiar não mudam.
Assim sendo, com a separação do casal, pode ocorrer dificuldades em resolver suas desavenças e com isso o genitor passa a utilizar o filho como instrumento de vingança, não compartilhando a guarda.
Diante disso, a guarda compartilhada deve ser utilizada como uma ferramenta que atua na diminuição dos problemas causados à família e, consequentemente, a alienação parental. Não o contrário!
Os especialistas em assuntos da família afirmam que esse regime tem o poder para enfraquecer os efeitos da alienação parental, isso porque a convivência contínua da criança com seus genitores desfaz as imagens distorcidas que foram implantadas em sua mente.
E assim, o menor pode construir seus próprios pensamentos e sentimentos com relação aos pais.
Além disso, a guarda compartilhada prioriza o melhor interesse do menor e fortalece o vínculo entre ambos, o que mantém a rotina familiar.
Vale ressaltar que os impactos da alienação parental podem ser devastadores! Por isso é tão importante usar todos os recursos possíveis do regime de guarda a favor da criança e não contra.
Vem comigo para entender mais sobre esses impactos:
3. Quais os impactos da alienação parental no desenvolvimento da criança e do adolescente em qualquer regime de guarda?
É natural que alguns relacionamentos cheguem ao fim. E está tudo bem! A gente muda o tempo todo e com isso os interesses também mudam.
Contudo, o cenário se torna difícil quando esse término resulta em um campo de batalha sem fim que envolve e afeta diretamente os filhos do ex-casal!
Os impactos de uma relação turbulenta entre os genitores e a alienação parental no desenvolvimento da criança e do adolescente são devastadores, e algumas vezes, irreversíveis!
Um menor que esteja sendo vítima de alienação parental pode futuramente desenvolver problemas psicológicos ou até mesmo transtornos psiquiátricos em sua vida toda, sabia disso?
Muitos pais que utilizam os filhos como objeto de vingança para ferir o outro, às vezes nem pensar nos sentimentos e consequências que estão causando.
Especialista afirma que um filho influenciado ou alienado, pode apresentar sentimentos constantes de raiva, tristeza, mágoa, ódio, contra o outro genitor e sua família.
Além disso, pode também se recusar a ter qualquer comunicação com o outro genitor e ter dificuldades de relacionamento com pessoas à sua volta, o que prejudica seu desenvolvimento e compromete o seu futuro.
E não é isso que nenhum pai ou mãe quer para o filho, não é mesmo?
Por isso, quando notar os sinais, primeiro revisite esse material e logo após procure a ajuda de uma advogada especializada em assuntos da família.
Combinado?
A melhor maneira de lidar é prevenir com antecedência!
Conclusão
Neste conteúdo você viu que por mais que o divórcio seja um processo doloroso, os genitores precisam fazer o possível para manter um diálogo saudável e evitar levar questões tão pesadas para os filhos.
Pois, ninguém quer lidar no futuro com as consequências psicológicas e emocionais da alienação parental.
Aqui você também descobriu:
- Quais os benefícios do regime de guarda compartilhada
- Quais os impactos da alienação parental no desenvolvimento da criança e do adolescente
- Como a guarda compartilhada é uma excelente ferramenta para prevenir a alienação parental
Caso ainda reste algum questionamento, nos procure.
Até breve.